Flavia Pupo
Foto: Paula Peçanha |
Sobe uma cadeira, sobe duas e sobe três. Uma em cima da outra. Crianças assustadas, olhos brilhando e sorrisos contagiantes. São os palhaços Mercúrio e Cloro, do espetáculo “Os Descaderados”, do grupo de teatro e circo El Indivíduo. Entram no meio das crianças que estavam ali, sentadas no chão, como em uma roda de “ciranda, cirandinha” improvisada. Todos interagem, conversam e brincam como em uma brincadeira de criança. E dessa maneira, eles misturam teatro e circo numa mesma apresentação.
Foto: Paula Peçanha |
E olha o fim do espetáculo! Esse é o pensamento de todos os presentes. É mentira, respeitável público! É nesse momento que eles sobem juntos na cadeira que já não possui todas as madeiras e, dessa vez, com o microfone na mão discursam sobre a valorização do circo de rua, trabalho realizado por eles nas ruas de Belo Horizonte há alguns anos.
Atrás daquele nariz pintado e um carisma enrustido pelos gestos faciais, eu descobri dois argentinos que não comem alfajor, não são fãs de Maradona, nem de Tango. Vivendo há 17 anos em Belo Horizonte, são quase mineirinhos natos, fãs de pão de queijo e torresmo, com uma simpatia no rosto que foi capaz de fazer com que a plateia aplaudisse de pé a apresentação. O interesse pela arte não é de berço, ela veio aos 18 anos de idade quando já estavam envolvidos com o teatro. A união com o circo veio um pouco depois. Diego Gamarra, conhecido como palhaço Cloro, afirma a importância de eventos como esses para a região: “Além de grande relevância para nós, palhaços, o evento proporciona uma troca de experiências entre as pessoas e os artistas.”
Foto: Paula Peçanha |
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